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Equipe CG

A HISTÓRIA DO VIOLINO

Diz à lenda que Apolo teria sido o primeiro fabricante de cordas para as suas liras. Mas o fato é que na história da música ocidental, a tripa animal reinou absoluta, como o material ideal para a confecção de cordas, até o final do século XIX.


A seguir, conheça a origem desse instrumento clássico!



O nascimento do violino permanece um mistério, porém, sabe-se que não aconteceu do dia para noite. Demorou séculos, antes que surgisse, tal como o conhecemos hoje. Sua origem remete aos instrumentos vindos do leste europeu, durante o Império Bizantino.


Os primeiros violinos, violas e violoncelos foram produzidos na Itália, entre o final do século XVI e o inico do século XVII, evoluindo de antecessores como a rebeca, a viela e a lira da braccio. Sua criação é atribuida ao italiano Gasparo de Sàlo.


A cidade de Cremona, ao norte da Itália, foi o berço de muitas famílias de Luthiers, como os Amati, Guarneri e Stradivari. Durante muitos séculos estas famílias foram responsáveis pela fabricação dos melhores violinos já produzidos até então. Foram transferidos conhecimentos e técnicas de geração para geração, preservando a identidade original dos processos de elaboração de cada família. A cidade de Cremona é conhecida até hoje, pela história marcante dessas famílias.


Os violinos Stradivarius, tornaram-se uma lenda no mundo da música, e são os mais valiosos do mundo. Foram elaborados mais de mil violinos, violas, violoncelos, entre outros instrumentos de cordas pelas mãos do Mestre Antonio Stradivari (1644-1737). Infelizmente, restaram poucos instrumentos feitos por ele no mundo. Sua qualidade sonora, mesmo com as novas tecnologias existentes, jamais foi superada.


No século XVII, o violino tornou-se o instrumento de excelência das orquestras, já que compositores como Claudio Monteverdi, o usavam regularmente em suas composições. Monteverdi foi o pioneiro ao utilizar o violino em sua famosa ópera “ORFEU”, sendo também reconhecido como um dos maiores violinistas da história mundial. Mantinha contato regularmente com os filhos de Andrea Amati, os luthiers da orquestra do Rei Henrique IV da França.


As chegadas das sonatas e dos concertos fizeram do violino um elemento importante nas composições do século XVII. Jean-Baptiste Lully tornou-se o violinista oficial corte francesa. O compositor não apenas musicou peças elaboradas por Molière para o rei Luís XIV, como também improvisava durante as apresentações e criava suas próprias obras.


Naquele momento, o violino passou a ser um instrumento essencial em todas as composições musicais, e sua técnica continuou a desenvolver-se durante o século XVIII. Notavelmente isso aconteceu graças às obras de grandes músicos como: Vivaldi, Locatelli e Tartine.


Este período foi marcado pelos clássicos, surgindo figuras icônicas como Amadeus Mozart, que escreveu inúmeras sonatas para violino. Foi então, que o violino ganhou espaço permanente nas orquestras, tendo como maestros, violinistas reconhecidos.


Em 1723, Antonio Vivaldi, compôs a famosa obra “As Quatro Estações”, onde cada concerto representa uma estação do ano. Essas composições transpuseram gerações, fazendo parte das músicas mais tocadas no mundo, até os tempos atuais.


O violino é uma invenção antiga, mas que permanece encantando o público por sua sonoridade peculiar e beleza singular.






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