AS 16 PINTURAS MAIS FAMOSAS DO MUNDO
- Equipe CG
- 29 de out. de 2021
- 9 min de leitura
Quando você pensa em uma pintura famosa, qual é a primeira imagem que te vem na mente???
Talvez a enigmática “Mona Lisa”, ou a inspiradora “Noite estrelada”, ou perturbador “O Grito”?
Essas imagens já fazem parte do inconsciente coletivo e são consideradas as obras-primas mais célebres da pintura ocidental.

Selecionamos as 16 pinturas mais conhecidas do mundo, criadas pelos maiores artistas de todos os tempos. Confira!
1. MONA LISA - Leonardo Da Vinci

Esse retrato é considerado a obra-prima de Da Vinci. Iniciada entre 1503 e 1506, Mona Lisa só foi concluída em 1517.
Pintada a óleo sobre madeira, a imagem é um símbolo do Renascimento italiano. Também conhecida como “La Gioconda”, chama a atenção pela naturalidade com que a protagonista é representada. A mulher, cuja identidade é até hoje é desconhecida, ficou imortalizada neste, que é o retrato mais celebrado da pintura ocidental.
Apesar de ser uma tela pequena, com apenas 77 cm x 53 cm, a obra fascina os espectadores com o seu sorriso enigmático. Atualmente pode ser contemplada no museu do Louvre, em Paris.
2. A NOITE ESTRELADA - Van Gogh

Uma série de quadros do holandês Vincent van Gogh poderiam figurar a lista de pinturas mais famosas do mundo. No entanto, escolhemos “A noite estrelada”, de 1889.
Internado voluntariamente após decepar a própria orelha durante uma crise psicótica, o pintor escolheu a paisagem vista da janela do quarto do hospício de Saint-Rémy-de-Provence, como cenário da sua obra. O que mais chama a atenção são as espirais pintadas no céu, um traço típico do movimento impressionista.
A obra é uma tela a óleo, que mede 73,7 cm × 92,1 cm, exposta atualmente no MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York.
3. A ÚLTIMA CEIA - Leonardo Da Vinci

Leonardo da Vinci é um outro grande mestre de obras-primas. Pintado pelo italiano entre 1495 e 1498, o painel com 4,6 m x 8,8 m, foi danificado com o tempo, causando a perda dos pés de Cristo.
A obra testemunha a última reunião de Jesus com seus discípulos, gerando controvérsias debatidas até hoje. Por exemplo, há quem diga que Maria Madalena encontra-se representada do lado direito de Jesus. Outra polêmica é o fato de não existirem mesas desse estilo na época.
Atualmente, A última ceia pode ser vista na Igreja Santa Maria delle Grazie, em Milão, na Itália.
4. A CRIAÇÃO DE ADÃO - Michelangelo

A obra renascentista intitulada A criação de Adão foi feita por volta de 1511, pelo famoso artista italiano Michelangelo.
Esse é um trabalho realizado com a técnica do afresco e integra o conjunto de pinturas feitas no teto da Capela Sistina, em Roma, entre 1508 e 1512, por encomenda do papa Júlio II.
A pintura de 2,8 m x 5,7 m, é a representação da passagem bíblica em que Deus dá origem à humanidade, simbolizada na figura do primeiro homem, Adão. Essa foi a primeira obra em que um artista consegue expressar o mistério e, ao mesmo tempo, a força divina no ato da criação.
5. O GRITO - Munch

A imagem representada pelo norueguês Edvard Munch, já deve ter cruzado o seu caminho alguma vez, não é mesmo? A peça de 1893 faz parte de uma série de quatro obras pintadas em tempera, óleo, pastel e litografia.
A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero. O plano de fundo é a Doca do Fiorde de Oslo, ao pôr do sol.
O Grito é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, assim como a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci.
A tela, com dimensões 91 cm × 73,5 cm se encontra na Galeria Nacional de Oslo, na Noruega. Outras duas versões estão no Museu Munch, também na capital norueguesa. A quarta versão foi vendida em leilão na Sotheby’s por mais de US$ 119 milhões.
6. O BEIJO - Klimt

O quadro O Beijo é a obra mais famosa do pintor simbolista austríaco Gustav Klimt. A tela foi pintada entre 1907 e 1908, e é considerada uma das maiores criações da pintura Ocidental. Pertence à chamada "fase dourada", período onde o artista utilizava folhas de ouro em seus trabalhos.
O abraço envolvente remete a ideia do aconchego e da proteção. A obra não é a sua única tela com tema amoroso, criada pelo artista. Alguns especialistas defendem a teoria de que, O Beijo seria um autorretrato com a presença da estilista Emilie Flöge, o grande amor da vida de Klimt.
O primeiro nome dado pelo pintor à tela foi Casal de Namorados, mais tarde o título foi alterado para o singelo O beijo. Com 180 cm x 180 cm, o quadro foi pintado entre 1907 e 1908 e atualmente é exibido na Galeria Belvedere da Áustria, na cidade de Viena.
7. O NASCIMENTO DE VÊNUS - Botticelli

O quadro O Nascimento de Vênus, criado entre 1482 e 1485, é de autoria do pintor italiano Sandro Botticelli, e é considerado um ícone do Renascimento.
Antes de criar essa obra, Sandro Botticelli costumava pintar cenas bíblicas. Foi depois de uma viagem à Roma, onde esteve exposto à muitas obras da cultura greco-romana que, ao regressar para casa, inspirado pelo que viu, começou a pintar cenas baseadas na mitologia.
No centro da tela o espectador se depara com a protagonista, Vênus, sobre uma concha aberta. Ao seu lado estão Zéfiro e a ninfa Clóris, além de Hora, a deusa das estações.
A obra foi encomendada por Lorenzo di Pierfrancesco, um banqueiro e importante político da sociedade italiana da época. Lozenzo queria um quadro para decorar a sua casa, e o resultado dessa encomenda foi a tela, hoje considerada uma das obras-primas da pintura ocidental.
O nascimento de Vênus é uma têmpera sobre tela, nas dimensões 1,72 m x 2,78 m, e faz parte do acervo da Galeria Uffizi, em Florença, na Itália.
8. GUERNICA - Picasso

Guernica é uma obra do pintor cubista espanhol Pablo Picasso. Ela retrata o bombardeio à cidade de Guernica, no dia 26 de abril de 1937 durante a Guerra Civil Espanhola.
O painel pintado a óleo possui grandes dimensões, medindo 349 cm × 776 cm. Apesar da complexidade, o trabalho demorou apenas um mês para ser realizado.
Trata-se de uma das obras mais emblemáticas do artista. Atualmente, está em exposição no “Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia”, em Madrid, na Espanha.
9. PONTE SOBRE UMA LAGOA DE LÍRIOS DE ÁGUA - Monet

Pintada em 1899, pelo francês Claude Monet, Ponte Sobre Uma Lagoa de Lírios de Água é a obra mais famosa do artista, e talvez a mais representativa do Impressionismo.
A tela faz parte de um conjunto de imagens produzidas por Monet durante seus últimos anos de vida. A obra integra uma coletânea de pinturas a óleo, intituladas Nenúfares.
A paisagem retratada trata-se do jardim do próprio pintor, na comunidade rural de Giverny, na França, para onde se mudou em 1883 com a família.
A pintura transmite para o observador uma sensação de tranquilidade, sossego e sublinha a harmonia e plenitude da natureza.
A tela em formato vertical mede 93 cm x 74 cm, e atualmente faz parte do acervo permanente do Metropolitan Museum of Art, em Nova York.
10. A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA - Dalí

Pintada em 1931, pelo surrealista Salvador Dalí, A persistência da memória é uma de suas obras mais icônicas, consagrando os relógios derretidos e as formigas como símbolos do pintor.
A composição traz elementos absurdos em um cenário onírico, ou seja, aquele no qual somos transportados nos sonhos. Tal característica é muito marcante no Surrealismo.
Segundo o próprio autor, a tela foi concebida em um momento de indisposição, quando, ao recusar um passeio com a esposa ao cinema, resolveu ficar em casa e pintar.
Assim, em um curto período de tempo, Dalí criou o que seria uma de suas telas mais prestigiadas. Ele declarou ainda que teve como inspiração a imagem de queijos camembert derretidos, que havia comido poucas horas antes.
Entretanto, é importante ressaltar que, para os surrealistas, o processo de criação estava totalmente relacionado ao mundo psíquico, do qual eles extraíam ao máximo sua inspiração, baseando-se no automatismo e imagens do inconsciente.
A pintura feita de óleo sobre tela mede 24 cm × 33 cm e atualmente pode ser vista no MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York.
11. MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA - Vermeer

Pintada a óleo por volta de 1665, Moça com brinco de pérola é, sem dúvidas, a obra mais famosa do holandês Johannes Vermeer.
Pouco se sabe sobre a história dessa obra-prima realista. Conhecida como "a Mona Lisa do Norte" ou "a Mona Lisa holandesa”, traz como protagonista uma jovem com ar angelical e ao mesmo tempo misterioso, um olhar casto e lábios entreabertos. Não é por acaso que o quadro é comumente comparado à obra-prima de Leonardo da Vinci.
O adereço que a jovem carrega nas orelhas dá o nome à tela. Com destaques para o brilho no olhar e na boca, o equilíbrio da luz no quadro e a tridimensionalidade causada pelo fundo escuro.
Ao contrário dos retratos da realeza, posados e com trajes a rigor, a jovem parece ter sido registrada num momento cotidiano, em meio aos seus afazeres. Ela olha para o espectador parcialmente de lado, como se algo a convocasse.
Não se sabe se o trabalho foi uma encomenda, e nem quem é a moça de olhar ambíguo que protagoniza a pintura. Outra dúvida, diz respeito ao turbante que a moça usa: naquela época já não se usava mais peças como aquela. Especula-se que Vermeer tenha se inspirado na pintura Menino em um turbante, pintada por Michael Sweerts em 1655.
A tela mede 44,5 cm × 39 cm e atualmente está no museu Mauritshuis, na cidade holandesa de Haia.
12. GÓTICO AMERICANO - Grant Wood

A tela representante do regionalismo americano foi pintada por Grant Wood em 1930.
Na contramão da cultura europeia, Wood decidiu retratar a realidade típica rural norte americana (o Midwest americano), valorizando o que havia de mais singular e popular em seu país.
A casa de campo em estilo neogótico ilustrada na tela de fato existiu, foi descoberta pelo pintor em Iowa do Sul, servindo-lhe de inspiração.
Wood pintou junto a casa, o tipo de pessoa que imaginava viver naquele lugar. A pintura mostra um fazendeiro segurando uma forquilha, ao lado de sua filha, vestida com um avental em estilo colonial americano.
O quadro a óleo de pequenas dimensões (78 cm × 65,3 cm) encontra-se disponível para apreciação no Instituto de Arte de Chicago, EUA.
13. A TRAIÇÃO DAS IMAGENS - Magritte

Representante do surrealismo, o pintor belga René Magritte criou obras polêmicas como A traição das imagens.
A obra pintada em 1929 faz parte de uma série revolucionária intitulada “A traição das imagens”, que procurava questionar os limites da representação. O trabalho do pintor fomentou uma série de discussões filosóficas, como um ensaio composto por Michel Foucault.
Fortemente influenciado pela psicologia freudiana, o surrealismo representou uma reação contra o "racionalismo". A Traição das Imagens desafia a convenção linguística de identificar uma imagem de algo como “a coisa em si”. A princípio, o ponto de Magritte aparece simplista, quase uma provocação, sendo "uma pintura de um cachimbo não é um cachimbo".
Na verdade, este trabalho é extremamente paradoxal. O seu estilo realista e o subtítulo remete à um anúncio publicitário, área em que Magritte teria atuado.
O quadro de 63,5cm × 93,98cm pertence à coleção do Museu de Arte do Condado de Los Angeles (LACMA), na Califórnia.
14. COMPOSIÇÃO NÚMERO 5 - Pollock

O pintor norte americano Jackson Pollock é uma referência no mundo da pintura abstrata. A Composição número 5 foi pintada em 1948 e adquirida em 2006 por um comprador particular que ofereceu 140 milhões de dólares pela obra.
Nota-se que, até no título da obra, Pollock queria por fim à intensa busca de elementos figurativos por parte daqueles que olham para o seu quadro. Por isso, ao invés de colocar um nome-palavra à obra, intitulou apenas com o número “5”, comprovando a ideia expressionista, de que o resultado obtido era apenas uma expressão do momento, e não uma forma ou ideia preexistente. Com isto, alavancou mundialmente o movimento de expressão abstrata.
Para a criação da obra, Jackson colocou a tela no chão do seu estúdio. Devido suas enormes dimensões, o quadro transmite a ideia de “monumentalidade”. Com a tela no chão, o pintor fica mais próximo do quadro, conseguindo andar sobre ele e ao seu redor, explorando os quatro lados e criando quatro perspectivas completamente distintas para quem vê.
A grandiosa tela possui 2,44 m x 1,22 m e foi produzida com tinta líquida sobre um painel de fibra. Uma curiosidade bastante peculiar: enquanto pintava, Pollock tinha o hábito de fumar, por isso, foi possível encontrar rastros de cinzas dos cigarros, espalhados por toda a tela.
15. ABAPORU - Tarsila do Amaral

O Abaporu é uma das mais clássicas pinturas do modernismo brasileiro.
Considerada uma obra-prima de Tarsila do Amaral, a tela foi pintada a óleo em 1928, como presente de aniversário para o seu então marido, o escritor Oswald de Andrade.
No quadro vemos a valorização do trabalho braçal, através da mão e do pé enormes, e a desvalorização do trabalho mental, representado pela cabeça minúscula. A imagem é um ícone da fase antropofágica da artista.
O nome da obra é de origem tupi-guarani e significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago). O título da tela é resultado de uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
Este grande símbolo do modernismo brasileiro, de 85 cm x 72 cm, curiosamente não se encontra no Brasil. Está exposto no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, na Argentina.
16. AS MENINAS - Velázquez

O instigante quadro pintado em 1656 é uma das principais obras de Diego Velázquez, o maior artista do Século de Ouro Espanhol.
Responsável por registrar as cenas palacianas, Velázquez foi consagrado como o pintor oficial da corte do rei Felipe IV. O artista tinha um atelier que funcionava dentro do Alcázar de Madrid.
As Meninas ilustra uma cena do cotidiano na corte. Porém, o que causa intriga no espectador é o fato do pintor também estar presente na imagem, reproduzindo uma tela, do lado esquerdo do quadro.
Essa composição enigmática e complexa levanta questões sobre realidade x ilusão, criando uma relação incerta entre o observador e as figuras representadas. Por essas complexidades, essa é considerada uma das obras mais analisadas da pintura ocidental.
A obra pertencente ao estilo Barroco foi um trabalho primoroso realizado com tinta a óleo, em grandes dimensões (3,18 m x 2,76 m). Encontra-se disponível para visitação no Museu do Prado, em Madri, na Espanha.
Essas obras são realmente magníficas e inspiradoras, não é mesmo?!