Pioneira da dança moderna, Isadora Duncan foi uma renomada coreógrafa e bailarina norte-americana, aclamada em toda Europa por apresentações extraordinárias, que romperam os padrões da época.
Conheça um pouco mais sobre sua vida e sua obra!
Longe das técnicas do Ballet Clássico, Isadora usava trajes esvoaçantes, cabelos soltos e pés descalços em suas performances. Utilizava repertórios musicais não convencionais para a dança como, por exemplo, as peças de Chopin e Wagner.
Nascida em 1877, em São Francisco, Califórnia, era filha do poeta Joseph Charles e da pianista e professora de música Dora Gray Duncanon.
Sua carreira como bailarina e coreógrafa começou cedo. Dançava acompanhando a mãe no piano. Abandonou os estudos aos 14 anos e ao lado da irmã Elizabeth, passou a dar aulas de dança.
Buscando reconhecimento profissional, mudou-se para Londres em 1898. Apresentou-se em festas da alta sociedade, e logo foi convidada pela atriz e dançarina Loie Fuller para uma turnê pela Europa.
Aos 21 anos, Duncan estreou no Teatro Sarah Bemhardt, em Paris. Seu estilo único inspirou artistas como Antoine Bourdelle, Auguste Rodin, Arnold Ronnebeck e Abraham Walkowitz.
Com a proposta de educar através da arte, Isadora fundou sua primeira escola de dança em 1904, em Berlim, Alemanha, onde formou o grupo “Isadorables”, composto por 6 jovens legalmente adotadas por ela.
Esteve em Moscou, em 1905, chamando a atenção de conceituados bailarinos russos, como Anna Pavlova, Kschessinska, Stravinsky, entre outros.
Em agosto de 1916, aos 38 anos, apresentou-se aqui no Brasil, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Era uma mulher de personalidade forte. Embora não propensa ao casamento, casou-se três vezes.
Sua vida pessoal é marcada por episódios trágicos: o afogamento de seus 2 filhos em 1913, e o suicídio de seu ex-marido, o poeta russo Serguei Iessienin, em 1925.
Mudando-se para a França em 1927, escreveu sua autobiografia, intitulada “My Life”.
Morreu no mesmo ano, aos 50 anos de idade, durante um passeio de carro na Riviera Francesa, após seu lenço de pescoço enroscar-se acidentalmente nas rodas do automóvel em que era passageira.
Isadora Duncan deixou marcas permanentes na Dança Moderna, com seu espírito livre, ideal de beleza e filosofia, baseados na Grécia Antiga.
Até hoje sua obra serve de inspiração para muitos bailarinos e coreógrafos que dão continuidade à sua técnica, baseada nos movimentos naturais do corpo, carregada de improvisação e espontaneidade.
Essa leveza e naturalidade são retratadas em uma das suas célebres frases: “O corpo do bailarino é simplesmente a manifestação luminosa da alma.” (Isadora Duncan)